terça-feira, 24 de junho de 2008

A Autocura e “o segredo”

Ontem tive a oportunidade de assistir na TV a uma mesa redonda com jornalistas da nossa praça que tinham agendado analisar vários factos ocorridos durante a semana. Um deles, aquele que mais me despertou a atenção, visava a visita a Portugal de Bob Prtoctor, um dos 24 co-autores do livro “o segredo”, livro traduzido em várias línguas e com uma venda de 100 mil exemplares.
Irritou-me a critica desses jornalistas que não sendo especialistas nesta área, não souberam separar o trigo do joio e ridicularizando a obra, apelidaram-na de mau gosto e para mentecaptos. Sobretudo confundiram o livro e a sua autora, Rhonda Byrne, com o Sr. Bob Proctor que fez a palestra.
Claro que somos livres de opinar. Aceito. Mas, seria bom entender que a mensagem fundamental deste livro é boa, o suporte comercial e a falta de argumentos mais profundos é que não se justificam e deixam parecer, como dizia um dos jornalistas, que se trata de “banha da cobra”.
Eu já conhecia “O Segredo” há algum tempo, muito antes da publicação em Portugal e também já vi o filme.
Não me trouxe nada de novo, mas compreendi que o sucesso seria fácil, neste momento, em que o Mundo está preocupado com todos os males que estão a ocorrer, e que uma promessa de sucesso pessoal, como a que é proposta, com os sonhos realizados, era uma abertura para a esperança.
Porém, não é fácil adquirir esse poder pessoal nas nossas vidas diárias.
O “segredo” tem na sua mensagem a lei da atracção, o que pensas e o que fazes, quer de bem ou de mal, é-te devolvido. Logo, para adquirir todo o bem que desejamos é necessário investir no perdão, no amor, na compreensão, na saúde, na fé, etc., etc. Acontece que só as palavras não chegam, é necessária a acção. E esse entusiasmo que o livro transmite fica um tanto frouxo porque, como dizia Cristo, “somos homens de pouca fé”. Na sociedade, na família, estamos sempre a interagir com confronto, critica, zanga, conflito. Este é o SER HUMANO dual, temos o bem e o mal, mas…nem sempre conseguimos equilibrar estas forças.
Portanto, eu acredito que os princípios do “segredo” funcionam, mas só com aqueles que forem capazes de progredir espiritualmente.
Estas mensagens de autoajuda que estão a chegar, cada vez com mais força, não são por acaso. De facto, estamos a caminhar para uma nova era que visa o nosso autoconhecimento, as nossas potencialidades escondidas e até aquilo que considero muito importante – a capacidade de autocura.
Está provado que as nossas células nos ouvem e se as conservarmos saudáveis, dispensando-lhes alguma atenção, elas vão “obedecer”. Agora, se estivermos sempre a lamentar a falta de saúde e se tivermos medos, cuidado!
Jesus Cristo foi um grande mestre, que nos deixou muitos “segredos”. Passaram-se 2000 anos e chegam-nos agora escritos de outra maneira, mas com a grande sabedoria de Deus.
O Segredo dá ferramentas que precisamos de usar se queremos uma vida com mais energia e sabedoria.
Os senhores Jornalistas só devem ter pensado na parte material deste livro – a promessa de ser rico e de ter a casa e o carro de sonho. Dessa parte também não gostei mas gostaria de ter capacidade para acreditar!


2 comentários:

goiaba disse...

O que vi escrito nestes últimos dias sobre "O Segredo" pareceu-me fruto da palestra do Sr.Bob Proctor que se apresenta como autor e tem um discurso muito pouco sério. Terá tido autorização da autora e dos outros 23 co-autores?
Outra questão é o "formigueiro" que sentem psicólogos e afins quando se fala em práticas de auto-ajuda. Nunca nada é suficientemente "científico"...
Podemos imaginar porquê. A verdade é que se cada um de nós não encontrar formas de superação de todos os problemas do dia a dia e se não formos mais fortes que "as doenças", dificilmente outros nos ajudarão.
Aconselho a quem diz mal que leia, pelo menos, a introdução do livro e que perceba porque é que a autora o escreveu.
Fizeste bem em falar do assunto.

Anónimo disse...

Conheço a obra,acho-a mto interessante.Se quem a lê for pelo caminho do material é possível que ñ se encante tanto.Mas se lermos o livro como mais uma ajuda para a parte espititual,algo de positivo,acho que vale bem a pena!isa.