quarta-feira, 9 de julho de 2008

PELOS PARQUES DE LONDRES


Os Parques de Londres eram, no passado, propriedade dos monarcas e serviam para o lazer da família real, sendo o seu acesso vedado ao público. Com a progressiva urbanização da cidade, estes espaços foram sendo abertos a todos e hoje existem oito parques que são os verdadeiros pulmões da cidade.
Instaladas, providencialmente a 4 minutos do Hyde Park, este foi o nosso destino quase diário, para uma passeata, mais ou menos prolongada.
O nome do Parque vem de «hide», uma unidade de medida compreendida entre 0,24 e 0,49 km², sendo este o tamanho original do recinto que se destinava à caça.
Hoje em dia, o Parque oferece os serviços de restaurante, café, um centro de aprendizagem sobre a natureza e a vida selvagem, a possibilidade de realizar passeios de carruagem ou de gaivota, no lago Serpentine, e o aluguer de cadeiras reclináveis. Há também um clube de ténis e um centro de hipismo.
Neste Parque, realizam-se vários festivais de música como aquele que assinalou, recentemente, os 90 anos de Nelson Mandela.
Em 2004, foi inaugurado no parque um memorial em homenagem à Princesa Diana, uma fonte oval de granito muito sóbria mas também muito significativa.
Adjacentes ao Hyde Park, encontram-se os Kensington Gardens, jardins de traça italiana, com vários memoriais e um monumento à figura de Peter Pan e à Terra do Nunca, tão do agrado das crianças.
Outro dos Parques que visitámos foi o Regent´s Park, com um soberbo roseiral em que se podem encontrar cerca de 400 variedades desta flor e que constitui a mais vasta área desportiva de Londres. Tem um Teatro ao ar livre que, neste momento, tinha em cena uma adaptação da peça Romeu e Julieta. Aí se encontram também o Zoo de Londres, várias esplanadas, restaurantes e muitos recantos aprazíveis para ler, conversar, namorar, descansar… Em todos os parques, existem vários bancos de jardim com inscrições que prestam homenagem a pessoas já falecidas que, por um motivo ou outro, gostavam de frequentar aqueles espaços, uma bonita e comovente forma de perpetuar os entes queridos.
A norte deste Parque encontra-se a colina Primrose Hill, do alto da qual é possível disfrutar de uma rara e surpreendente vista da zona de Westminster e da City of London.
Subimo-la debaixo de umas nuvens ameaçadoras, receosas, mas com muita vontade de nos deleitarmos com a vista e incentivadas por uma inscrição no chão, a poucos metros do topo, que nos fez sorrir «And the view is so nice»…
Acabou por cair uma tremenda chuvada, quando já estávamos de regresso e passeávamos pelo sofisticado bairro de Primrose.
Demos por bem empregues todos os momentos e todos os passos com que percorremos esses maravilhosos espaços verdes…




5 comentários:

goiaba disse...

Fiquei cheia de vontade de viver esses parques e até, por eles, faria o "sacrifício" de ir a Londres, quebrando aquelas juras estúpidas da juventude. Qualquer dia ... Obrigada pela óptima descrição.

Anónimo disse...

Lindo!! Muito bem registado em palavras e fotos!Dá vontade de deitar nesses tapetes de relva, fresca e verdinhaaa. Bjo isa

irene andrade disse...

Parques são sempre motivo de atracção e afecto para quem vive numa ilha verdejante como eu. No entanto falta à ilha a extensão da paisagem e dos lagos. Por isso ,uma saudação a esta beleza londrina e um abraço à autora do texto que viveu "in loco" o prazer destas vistas. Bj.

SPES disse...

E não foi aqui mencionado o nosso cantinho secreto...
Antes de se entrar em Regent's Park, passa-se pelos Queen's Gardens, os jardins da raínha que são rodeados por uma pequena estrada circular chamada Inner Circle.
Ao passear por essa estrada encontra-se uma pequena porta, sempre aberta, que parece dar acesso a uma propriedade privada mas que na realidade é a porta para um jardim secreto...
Um jardim pequeno mas lindíssimo, cheio de cor e recantos que nos transportam para outro mundo.
Um verdadeiro refúgio numa cidade tão grande e agitada :D

PS:Goiaba, que "juras estúpidas de juventude" são essas?Todas as cidades têm os seus recantos e refúgios que nos fazem sentir em casa...só temos de descobri-los :D

peonia disse...

Descrição primorosa e muito didáctica. Gosto muito de verde e esses paques atraem-me, se possível sem chuva...