quarta-feira, 24 de setembro de 2008

“O EXEMPLO DE EANES”

O ex-Presidente da República, General Ramalho Eanes, foi impedido, durante anos, de acumular a reforma como militar a que tinha direito, com a reforma devida pela presidência da República. Poderia ser natural se não fosse uma excepção face a muitos outros casos de acumulações autorizadas, algumas das quais bem “escandalosas”. A sua situação foi esclarecida e, não só poderá acumular, como terá direito a um milhão e 300 mil euros de retroactivos. Como diz Fernando Madrinha no editorial do Expresso de 20/9:

“ Um milhão e 300 mil euros é muito dinheiro. Haver quem prescinda de uma tal quantia, tendo direito a ela, eis o que não pode deixar de ser registado. Trata-se, além disso, de dinheiro do Estado. E o dinheiro do Estado, sendo dinheiro de todos, é muitas vezes encarado como dinheiro de ninguém, assim se desculpando os abusos em que se traduzem muitos privilégios… Quantos portugueses na mesma situação – não digo já quantos políticos – prescindiriam de tanto dinheiro? “

Pois é. Muito poucos o fariam. Ainda há quem lute pela justiça e pela honra. O dinheiro é importante mas … não vale tudo.
Para outros, faz-se tudo por dinheiro – veja-se o exemplo daquele “espantoso” programa da SIC, “ Momento da Verdade” …

3 comentários:

Anónimo disse...

Sabem,ñ consigo ver o programa todo.Vi um pouco,para ter uma ideia.Ñ gostei.Talvez pq.ñ goste da T.G. Claro,o programa ñ é produto português.Sei isso.
Qto a R.Eanes, ñ é a 1ª x k procede dessa maneira.Admiro essa qualidade.Poucos,no lugar dele, o fariam.
Bjo.
isa.

Anónimo disse...

Un gran Hombre. Muchos como él hacían falta en la desgraciada España

ZIA disse...

Merecido post para realçar uma atitude de muita rectidão e despojamento da parte de Eanes.
Não sou suspeita porque nunca foi pessoa das minhas simpatias mas, na verdade, com o passar dos tempos tenho de me render às qualidades de Homem que realmente foi demonstrando e que deveriam servir de exemplo a tanta gente que por aí se pavoneia nesta feira de vaidades e de corrupção.
Abraços
ZIA