terça-feira, 21 de outubro de 2008

A CRISE - responsáveis, hipócritas e …

Suponho que o roubo também se deve classificar de “classe baixa”, “ média “ ou “alta”, sendo que o castigo estará sobretudo previsto para as “classes baixa e média” … É o que parece pelo que vamos assistindo ao longo dos anos e pelo que se vai sabendo agora nesta CRISE.
Foi assim que:

-O banco Fortis foi salvo da falência pelo BNP Paribas que comprou as suas operações na Bélgica e no Luxemburgo. Quatro dias depois, a 10 de Outubro, o banco Fortis pagou 150 mil euros por um almoço de luxo para 50 convidados
(executivos do grupo, correctores, mediadores de seguros,..), no restaurante do Hotel mais caro do Mónaco. Trocos …
- A AIG (American Internacional Group) foi salva da falência porque a Reserva Federal Americana injectou 62,4 mil milhões de euros, em troca de uma participação de 79,9% na companhia. Uma semana depois, a AIG ofereceu uma semana de férias num resort de luxo, na Califórnia, a alguns dos seus distribuidores e empregados – foram gastos 300 mil euros. Mais trocos …
- O Bear Stearns foi a primeira vítima do subprime (crédito imobiliário de alto risco), com problemas de liquidez desde Julho de 2007. Durante a actual crise, o seu presidente, James Cayne, viajou para Nashville, para participar num torneio de bridge. Desligou o telemóvel para não ter sequer de responder a emails. Mas, quando dias depois o Bear Stearns, o 5º maior banco americano, foi vendido a preço de saldo, James Cayne não abdicou de indemnizações de 28 milhões de euros previstas no contrato. Como presidente foi gastando dinheiro da empresa para sustentar os seus vícios (viagens de helicóptero para jogar aqui e ali…). Compreende-se …
- Outros executivos foram despedidos de forma idêntica: Stanley O’Neal, ex-presidente do Merrill Lynch recebeu 118 milhões de euros; Charles Prince, ex-presidente do Citigroup, saiu com 77 milhões e várias regalias; Ângelo Mozilo, ex-presidente do Countrywide Financial, aceitou “só” 27 milhões relevando-se o facto da mulher se deslocar para compras no jacto privado da empresa, …

A lista é longa, os casos conhecidos e ainda não divulgados tendem a aumentar e a suspeita de uma “crise “ encomendada depois de outra que fez o petróleo subir sem razão aparente, pode instalar-se. Nem sequer se pode falar contra o “capitalismo” porque o que se passa com estes esquemas de engenharia financeira é sobretudo fraude.
Há notícia de algum responsável ter sido preso? Procuram-se:

1 comentário:

Anónimo disse...

E temos k confiar nisto tudo,para ñ
ficarmos de cabeça perdida!!
Abraço.
isa.