sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

“ Atenção vizinha, perigo à vista”

Pode ser mais ou menos assim que uma couve avisa as parceiras, em “linguagem”química !!

Não é brincadeira. Experiências conduzidas pelo bioquímico Nicholas Smirnoff ,realizadas na Universidade de Exeter, filmadas e que serão transmitidas num programa da BBC2 ( “How to Grow a Planet”), mostram uma “couve a ser atacada por alguém que lhe corta uma folha”. Verifica-se que “a couve consegue avisar as couves vizinhas da ameaça que se aproxima” …

E Iain Stewart, geólogo, professor universitário e apresentador do referido programa, acrescenta : “A maior parte das pessoas pensa que as plantas levam uma vida passiva, mas na realidade movem-se, sentem e comunicam. É quase como se mostrassem uma espécie de inteligência”. “ É fascinante perceber que pode haver um tagarelar constante entre plantas diferentes, constatar que elas podem de alguma forma pressentir quimicamente o que está a acontecer com as outras. É como uma linguagem escondida que pode estar sempre à nossa volta”.

A experiência foi feita com três couves cujo ADN foi impregnado de “luciferase”, a enzima que faz com que os pirilampos brilhem no escuro. Foi assim possível observar e filmar a libertação de gases e químicos tóxicos da couve “atacada” : ao ser-lhe cortada uma folha, a couve libertou um gás que “avisou” as outras do risco que corriam ; as outras couves, “apesar de não terem sido tocadas, produziram químicos tóxicos capazes de afastar predadores, como lagartas”. Mas depois disto, Smirnoff garante : “ os vegetais não sentem dor” - porque não têm nervos.

Têm sido feitas outras experiências com o objectivo de “perceber se o som faz as plantas crescer”. Em sete estufas foram colocadas gravações de música clássica, sons com voz meiga, vozes agressivas e deth metal ; duas ficaram sem som. Constatou-se que, as plantas que menos cresceram foram as das estufas silenciosas …
Esta notícia foi divulgada na “Sábado” desta semana e o seu conteúdo corrobora o que muitos amigos das plantas dizem há muito tempo : deve falar-se com as plantas, elas crescem melhor com a nossa atenção. E, se não for pedir muito, pode-se pedir desculpa por ter de lhes cortar umas folhitas ou um bom pedaço …

Parece que o Príncipe Carlos de Inglaterra costumava dizer isso e era ridicularizado … Pois agora, ele e outros , têm o apoio da Ciência .

1 comentário:

Mar Lis Goiaba disse...

As plantas reagem a dicas táteis, reconhecem diferentes comprimentos de onda de luz, escutam sinais químicos, elas podem até mesmo falar através de sinais químicos.